Conheça a Orquestra Plástica do NEOJIBA
O Orquestra Plástica do NEOJIBA: Formação Musical para a Sustentabilidade – Ano 2 é a continuação de um projeto de desenvolvimento e difusão de uma tecnologia social. É uma ação inovadora de construção de instrumentos sinfônicos de cordas com canos de PVC. A iniciativa capacita jovens de Salvador e do interior da Bahia no ofício da lutheria e articula, por meio da música, os campos da sustentabilidade e inclusão socioprodutiva.
Em 2010, no município de Angical, localizado no extremo oeste baiano a 840 km de Salvador, o músico Natan Paes construiu, ainda sem conhecimentos de lutheria, instrumentos sinfônicos de cordas (violinos e violas) feitos com canos de PVC e madeira, para ampliar a atividade de sua filarmônica, a Filhos do Oeste.
Os primeiros instrumentos de plástico, embora mais pesados e sem a sonoridade próxima aos instrumentos originais de madeira, foram o ponto de partida para o projeto Orquestra Plástica. Inspirado nesta ideia inovadora, o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) investiu na criação de um protótipo de violino feito com plástico PVC, com o apoio de uma equipe formada pelos luthiers Andre-Marc Huwyler, David Matos e Alan Jonas e por Natan. O modelo foi finalizado em 2012 e abriu as portas para uma tecnologia de produção de diversos instrumentos sinfônicos de baixo custo e muito similares aos tradicionais.
Em 2013, após mais uma etapa de pesquisa e experimentos, a equipe chegou a uma versão aprimorada do protótipo, além de terem documentado o processo de criação e estruturado uma metodologia para multiplicação deste conhecimento. A Braskem, empresa baiana líder na produção de resinas termoplásticas, comprometida com os conceitos de inovação, transformação social e sustentabilidade, resolveu investir, através do Fazcultura, na realização da primeira etapa do projeto composta por ações de formação, inclusão socioprodutiva, pesquisa e difusão dessa tecnologia.
No 1º ano, o projeto realizou a capacitação da 1ª turma de lutheria de plástico com jovens de Salvador e de Angical. Além da formação, foram criados dois espaços de produção de instrumentos com plástico PVC em pequena escala, um ateliê em cada cidade. Foram produzidos 46 instrumentos, utilizados atualmente por integrantes do NEOJIBA e por jovens músicos em Angical.
Hoje o Orquestra Plástica do NEOJIBA continua com o processo de pesquisa para reduzir o custo de produção e otimizar a fabricação dos instrumentos. Além disso, realiza estudos de viabilidade e replicabilidade do projeto, com objetivo de transformá-lo em um negócio social que possibilite a democratização do acesso à prática musical a crianças, adolescentes e jovens baianos.
Fonte: orquestraplastica.org.